quinta-feira, 25 de junho de 2009

A massinha na educação infantil

http://www.canalcontemporaneo.art.br/e-nformes.php?codigo=377

A massinha, material tradicional da educação infantil, pode ser usada de um jeito - ou com um discurso - diferente. Lembro-me, há uns anos, de visitar, na galeria da escola de Belas-Artes da Ufmg, uma exposição da saudosa e minha querida professora de escultura Liliza Mendes. Não estavam sendo apresentados apenas trabalhos dela. Porém, as esculturas "continentes", feitas por ela, me impressionaram pela simplicidade e, ao mesmo tempo, pela força e beleza conceitual. Ela produziu, com o aperto de suas mãos, volumes com argila e gesso. Com esse aperto, imprimiu a textura, linhas e volumes das mãos que se fecham e comprimem.

Pensando no trabalho de Liliza, trabalhei com as crianças e com massinha de um jeito e com uma conversa diferente. Elas apenas apertaram as massinhas e observamos que, após o aperto, aquele material molinho e conhecido estava cheio de linhas e fundos. Algo tão simples, mas pronunciado, revelado, pareceu, para as crianças, uma mágica. Com curiosidade e atenção, os olhos percorreram os volumes impressos pelo movimento de cada mão.

E é tão gostoso apertar massinha!!!!

Em breve, disponibilizarei por aqui as fotos das esculturas da meninada.

Medo de quê?


As desculpas para não realizar enfrentamentos fundamentais é quase sempre a mesma: "tenho medo". Medo de estágio probatório, medo de desagradar,medo de castigo, medo de viver. Porém, as pessoas veem muito chifre em cabeça de cavalo. Eis, abaixo, uma imagem de Regina Silveira, artista plástica brasileira. Gosto da maneira como ela brinca com sombras - ela não as produz com luz e movimento e nem coloca objetos estrategicamente de modo que apareçam sombras deles. Na exposição que visitei de Regina, no Museu de Arte da Pampulha, há uns 3 anos, pude ver objetos expostos com sombras criadas pela artista - sombras distorcidas, enormes, adesivadas nas paredes.
Em "Paradoxo do Santo"(1994), Regina apresenta um impressionante contraste: Uma imagem pequenina e sua sombra gigante. Foi inevitável lembrar do mito da caverna de Platão. Não é esse o discurso da artista, mas não deixei de pensar nisso.
A imagem abaixo vale mais, bem mais, do que inúmeras palavras. Mais uma carapuça apresentada por aqui.



http://www.mac.usp.br/mac/templates/projetos/roteiro/PDF/47.pdf

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Fotos do dia de greve - 23 de junho. Eu estava lá!

"Estou tentando abrir um túnel na rocha bruta.
Eu sei, sei que é penoso.
Mas qual é a busca que em si mesma não traga sua pena?"
(Clarice Lispector)

vestidão "bonitasso" - eu e Laura, minha amiga e colega de profissão na Afonso pena em frente à PBH
Elegante no microfone - fazendo a defesa na assembleia pela continuidade da greve

fotos gentilmente cedidas por Daniel de Oliveira

terça-feira, 23 de junho de 2009

Parabéns pra Thaís!!!

Querida companheira,

PARABÉNS!!!!!!!!!!!!!! Você é um exemplo pra mim! Aprendo muito com você!

Abraços!!!!!!

P.S.: Hoje é aniversário da querida companheira Thaís, professora da educação infantil como eu e diretora de nosso RECONHECIDO Sindrede!
Estendo o parabéns para minhas colegas aniversariantes deste mês e estou muito feliz pela CARTA SINDICAL que finalmente coloca o SINDREDE como nosso representante legítimo. Para a categoria, o sindrede já era legítimo, a carta porém é vitoriosa e, por isso, parabenizo nosso sindicato!!Parabenizo o sind nesta postagem porque recebi a feliz notícia hoje!

Postagens mais recentes do blog

Ei, pessoal!

Gostaria de dar um retorno a todos com relação aos posts mais recentes deste blog.Como estou bastante envolvida nos movimentos de reinvindicação por condições mais justas de trabalho, muitas postagens estão sendo feitas com conteúdos de ordem política.
Atualmente, na UMEI Ouro Minas, estou numa correria maluca - sou apoio nos dois turnos e, como acontece em quase toda a rede, nosso horário de projeto ainda não acontece como deveria, ou seja, apesar do esforço da coordenação e da vice-direção para garanti-lo, o número de profissionais não é o ideal e as pessoas estão adoecendo e faltando mesmo. Com isso, os projetos ficam prejudicados,mais curtos, a correria aumenta e o desgaste também. Quem fica na escola apaga mais incêndio do que qualquer outra coisa.
Estamos também todos envolvidos com nossa festa julina, e o projeto "o corpo da criança e a arte", que é o projeto que assumi este ano na UMEI, está temporariamente estacionado. Estamos trabalhando por uma festa bonita e quase todos nossos esforços e atenção estão voltados para este acontecimento. Dessa maneira, neste período breve de intervalo, as postagens para reflexões serão mais abundantes.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Carapuças


"O homem que se vende recebe sempre mais do que vale". Barão de Itararé

"O tambor faz muito barulho, mas é vazio por dentro".Barão de Itararé

"Nós lemos o mundo errado e dizemos que ele nos decepciona". TAGORE

"Um ladrão passa por cavalheiro depois que os roubos o enriqueceram". THOMAS FULLER


Vamos falar sobre as virtudes, as grandes virtudes do homem! Nos últimos anos, pudemos testemunhar com nossos próprios olhos como o trabalho consciencioso, o mais sólido conhecimento e a mais séria disciplina e aplicação foram adaptados às finalidades mais atrozes. Tamanhos horrores não teriam sido possíveis sem o concurso de tamanhas virtudes!” Paul Valéry


Sobre alguém tão grandioso como Shakespeare, é provável que nunca possamos estar certos; e, se nunca podemos estar certos, seria melhor que pudéssemos, de tempos em tempos, mudar a nossa maneira de estar errados.” T. S. Eliot


Nada é impossível de mudar
Bertolt Brecht

Nada é impossível mudar.
Desconfiai do mais trivial,
na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente:
não aceiteis o que é de hábito como coisa natural,
pois em tempo de desordem sangrenta,
de confusão organizada,
de arbitrariedade consciente,
de humanidade desumanizada,
nada deve parecer natural
nada deve parecer impossível de mudar”.


sexta-feira, 19 de junho de 2009

Minha vida, minha família, meu coração

Vendo hoje o blog da Gi Gama (http://bonequinhapreta.blogspot.com/2009/06/parabens-pelo-premio-literario_18.html), fiquei inspirada após ver a homenagem feita por ela para o Daniel, seu namorado e nosso valoroso companheiro de luta. Decidi, portanto, mostrar a vocês minha vida, minha família e meu coração.



Querida filha Mariana
eu e Marcinho, meu marido, pai dos meus filhos, meu amor







Pedro, o caçula e Nana







Marcinho e meu querido sobrinho Claiton


quarta-feira, 17 de junho de 2009

Hoje é meu aniversário e me sinto assim...

Aniversário


No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,

Eu era feliz e ninguém estava morto.

Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,

E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.


No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,

Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,

De ser inteligente para entre a família,

E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.

Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.

Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.

Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,

O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões e meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...A que distância!...(Nem o acho... )
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!
O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos ...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!
Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas, o resto na sombra debaixo do alçado,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos. . .
Pára, meu coração!Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!Hoje já não faço anos.
Duro.Somam-se-me dias.Serei velho quando o for.Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira! ...
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...

Álvaro de Campos

E aí, prefeito?


quinta-feira, 11 de junho de 2009

Como eu não me importei com ninguém

Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei

Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.

Bertolt Brecht

UM APÓLOGO - Machado de Assis

Era uma vez uma agulha que disse a um novelo de linhas:— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?— Deixe-me, senhora.— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.— Que cabeça senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida, e deixe a dos outros.— Mas você é orgulhosa.— Decerto que sou.— Mas por quê?— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, se não eu? — Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu?— Você fura o pano nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e mando...— Também os batedores vão adiante do imperador.— Você imperador?— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana – para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima... A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura, não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile. Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe:— Ora agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha da costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico. Contei esta história a um professor de melancolia que me disse, abanando a cabeça: —Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária! sEra uma vez uma agulha que disse a um novelo de linhas:— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?— Deixe-me, senhora.— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.— Que cabeça senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida, e deixe a dos outros.— Mas você é orgulhosa.— Decerto que sou.— Mas por quê?— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, se não eu? — Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu?— Você fura o pano nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e mando...— Também os batedores vão adiante do imperador.— Você imperador?— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana – para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima... A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura, não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile. Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe:— Ora agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha da costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico. Contei esta história a um professor de melancolia que me disse, abanando a cabeça: —Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!

http://www.letras.ufmg.br/atelaeotexto/leituraparatodos_bh_textos.html

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Manifestação na SMED - Vestindo a camisa(ou melhor, a faixa)

                                           Dieter Roos 

                                                               des-cobrir
                                                                 é tirar as cobertas
        e colocá-las
noutro lugar




A segunda pessoa da esquerda para a direita sou eu. É preciso vestir a camisa(ou melhor, a faixa)!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Imagens da infância








MENTIRA PURA, CAFÉ COM GORDURA

Para ver se tinha na tv algo sobre a greve de hoje, enchi-me de paciência e assisti o indigesto MG TV. Pra quem não sabe(talvez haja alguém neste mundo que não saiba), é um dos jornalecos da famigerada Rede Globo. Quando foi transmitida a notícia... é claro que foi daquele jeito! Ainda mais depois de ontem, quando o jornalzinho estúpido entrevistou o sr. márcio lacerda sobre a copa de 2014. Gente, o Mg tv desceu a lenha na manifestação! Disse que os alunos não foram avisados, nos centros de saúde as pessoas ficaram surpresas e, pra terminar, qualificou o movimento na Afonso Pena como coisa pra sujar a avenida e dar mais serviço para outros funcionários municipais - os da limpeza, no caso. E a edição do jornal!! Aff!!!! Tive que desligar a tv às pressas, fiquei tão irritada, aquela típica irritação que se tem com o inanimado (quando você joga o sapato longe e o xinga como se ele fosse culpado pelo calo do pé). Como se eu não soubesse que a mídia é isso mesmo, está a serviço do poder! Apenas no primeiro trimestre deste ano, a PBH gastou mais de 5 milhões de reais com propaganda - aquela da Patrícia Pillar. Seria muito estranho, até mais do que estranho, mais fácil galinha ter dente, a globo fazer uma reportagem que presta. Ô mentirada!!!! 

SAIU UMA PILAR, ENTROU OUTRA. QUANDO ESSA NOVELA VAI ACABAR?


Bruno Brum

essa impressão
de que nunca acaba 
essa impressão
de que nunca chega
essa impressão 
de que nunca enche
essa impressão
de que nunca fica 
essa impressão
de que nunca cabe
essa impressão
de que nunca
nunca
nunca
nunca
nunca
nunca
nunca
nunca
nunca
nunca
nunca
nunca
nunca
nunca
nunca
nunca
nunca
nunca
nunca
nunca
nunca
nunca
nunca
nunca
nunca
nunca
nunca
nunca
nunca



haja paciência, estômago e tudo o mais!!!

para ler a matéria(se é que pode receber esse nome), acesse:

APONTANDO ERROS:

> O movimento de hoje não foi "paralisação parcial", como foi descrito pelo mg tv. Houve, de fato, movimento mais expressivo na parte da manhã, mas estamos, nos dias 03 e 04, em greve. Isso significa que as atividades dos servidores que aderiram ao movimento estão paradas completamente nesses dois dias;
> Falarei do que sei: Nas UMEIS São Gabriel e Ouro Minas, as comunidades foram avisadas com antecedência. Fizemos questão de fazer isso porque respeitamos a comunidade e nossos alunos. Buscamos, além disso, todos os meios possíveis para expôr os motivos da greve;
> A Globo, para alfinetar, falou da sujeirada na avenida. Não concordo em sujar a avenida. Não mesmo. Eu não joguei nada na rua. Assumo que a única coisa que jogo na rua são as guimbas dos cigarros que fumo - o que não está certo, mas é a única coisa que tenho a deselegância de fazer. É legal para pensarmos pra não fazer de novo. De fato, não podemos sobrecarregar os companheiros da limpeza. Porém, preciso fazer a avaliação do que está por detrás da ênfase desse aspecto dada pelo mg tv. Porque, senhores, não mostrar a sujeira escandalosa que está por baixo dos tapetes vermelhos do poder? Há muita sujeira pra ser mostrada. E sujeira pesada, causadora de doenças às vezes incuráveis. Doenças que têm matado as pessoas ainda em vida. O grande mal contemporâneo.