sexta-feira, 29 de maio de 2009

O desafio de fazer o não tradicional com os pés









A proposta da semana passada na UMEI Ouro Minas para as crianças de 4 e 5 anos foi a de desenhar com os pés. Iniciamos com atividades mais conhecidas(apesar de não serem para a meninada): desenhos com os pés que seguravam, entre os dedos, lápis e canetinha sobre papel. As crianças adoraram. Muitas acharam a proposta difícil - foi tentador para elas usar as mãos para ajudar. Mas havia o seguinte combinado: não era válido usar as mãos.
Depois resolvemos extrapolar o papel. Ainda com os pés, em roda, brincamos com um rolo de barbante. Foi uma brincadeira dirigida, com certas regras. O principal desafio era o seguinte: a criança prendia um pedaço de barbante entre os dedos do pé e com o outro chutava o rolo para o colega. Com esses movimentos, no centro da roda foi sendo tecida uma teia. No vídeo abaixo, percebam o trecho lindo da menina que tenta, com esforço,achar soluções apenas com o pé para prender o barbante entre seus dedos (trecho a partir de 1'e06'').



quarta-feira, 20 de maio de 2009

ENQUETE

A Reunião de Representantes da Educação Infantil, que foi realizada no dia 14 de maio, aprovou a criação de um grupo de estudos sobre arte-educação na educação infantil. Nossa proposta é que tenha a duração de 3 meses, sendo 6 encontros(de 15 em 15 dias). Qual o melhor dia e horário para você, que é educador da rede e que deseja participar?
 
Durante a semana à noite
No sábado de manhã

ATENÇÃO: Este levantamento terá o prazo de dez dias para ser realizado(contando a partir de hoje). Após o término do prazo, definiremos os dias de realização dos encontros.

O grupo de estudos sobre este assunto pretende, acima de tudo, reunir educadores para uma reflexão mais cuidadosa sobre nossas práticas, sobretudo sobre aquelas que qualificamos como atividades de "arte". 
Preparamos, eu e Thaís Tavares Lacerda(educadora infantil da rede e diretora do sindrede), a seguinte pauta para os encontros:   

ARTE-EDUCAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

> O que é arte?
> O educador e seu contato com arte. Fazendo levantamentos(vai a museus, Palácio das Artes, como vê a arte contemporânea, gosta de desenhar, tem aversão, etc);
> Arte-educação na educação infantil: desafios e possibilidades.
> Precisamos do quê para trabalhar com arte na educação?
> Clichês e práticas que descaracterizam a arte.
> A proposta triangular de Ana Mae Barbosa: um caminho interessante.
> Os pcns de arte: visões críticas sobre.
> A formação dos professores na Universidade: preparo ou despreparo para lidar com arte na escola?
> Indústria cultural: até onde a escola endossa o sistema?
> Projetos de arte nas UMEIS: debates e avaliações sobre.
> Análise de material didático de "arte". 

Nos encontros, a demanda dos participantes pode aumentar a pauta. O que postei acima é, segundo nossa avaliação, muito importante para a realização de debates. Abaixo, deixo bibliografia sobre. 

OSTROWER, Fayga. Universo da arte. Rio de Janeiro: Campus, 1987.

BARBOSA, Ana Mae. Tópicos utópicos . Coleção Arte & Ensino. Editora C/Arte, 1989.

BENJAMIN, Walter. "A Obra de Arte na Era de Sua Reprodutibilidade Técnica"; "Experiência e Pobreza"

In: Obras Escolhidas I: magia e técnica arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1985.

BRISSAC PEIXOTO, Nelson. "Ver O Invisível: a ética das imagens". In: Ética organização Adauto Novaes-
COLI, Jorge. O que é arte. São Paulo: Brasiliense, 1982.

ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do Iluminismo aos movimentos contemporâneos. São Paulo:

Companhia das Letras, 1993.
BARBOSA, Ana Mae. Arte educação no Brasil. São Paulo: Perspectiva, 1986.
BARBOSA, Ana Mae. (Org).. Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2003.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais.

Brasília. MEC, SEF, 1998. 10 v. Conteúdo: v. 6 – Arte.

LANIER, Vincent. Devolvendo Arte à Arte-Educação. In: BARBOSA, Ana Mae. (Org). Arte-Educação:

leitura no subsolo. São Paulo, Cortez, 2002.


ATENÇÃO NOVAMENTE: Quem tiver dificuldades para postar aqui, favor votar no blog:http://educacaoinfantilpbh.blogspot.com/
É a mesma coisa. 

Mais novidades posto aqui.
Qualquer dúvida, mande-me um e-mail: crisemarcinho@yahoo.com.br 


sábado, 16 de maio de 2009

A EDUCAÇÃO INFANTIL MERECE RESPEITO

RESISTIR É PRECISO!!!

Calendário de Atividades Aprovado na Assembleia

A Assembleia do dia 14 de maio definiu um calendário com o objetivo de construirmos uma greve forte, caso não haja indicação de negociação efetiva com o funcionalismo público. A participação em todas as atividades é muito importante para garantirmos as conquistas esperadas há muito tempo.

Estamos sendo enroladas na educação infantil com a questão da pós-graduação, da extensão de jornada e da avaliação de desempenho há quase 5 anos. A unificação da carreira não tem nem indício de ser discutida este ano e as falas abstratas sobre reajuste salarial nos deixam a ver navios. A cada dia as regionais pressionam ainda mais as escolas para colocar crianças "a mais" nas salas extrapolando em muito o recomendado pelo CNE, CME e até mesmo às orientações da SMED. Descobrimos há pouco que tem regionais que em reuniões a portas fechadas "solicitam" à professora que aceite só mais uma criança na sala. Em pelo menos uma escola a professora "aceitou", ficando com 23 crianças de 3 anos, pois as duas a mais de matrícula compulsória (medida de proteção ou criança com deficiencia) já tinha sido preenchida.

Vamos participar! Vamos lutar! Temos que garantir conquistas este ano ainda!

Vejam o calendário:

16 de maio
10h - Assembleia dos Auxiliares Contratados pela Caixa Escolar
15h - Participação na festa da Ocupação Dandara com panfletagem

18, 19 e 20 de maio
Panfletagem nas comunidades escolares e discussão nas escolas e UMEIS

19 de maio
8h e 14h - Reuniões da Educação Infantil no Sindicato

20 de maio
14h - Reunião dos Auxiliares de Biblioteca

22 de maio
Manifestação na SMED - horário a definir

28 de maio
Plenária / Reunião de Representantes

29 de maio
Discussão nas Escolas e UMEIS

02 de junho
Reunião de Professores/as de disciplinas especializadas

03 e 04 de junho - DOIS DIAS DE GREVE

03 de junho
8h - Assembleia Geral da Rede e Ato Unificado com os demais Servidores

04 de junho
Manifestação na SMED

Gripe Suína

                                               fonte: Opinião Socialista. Ano XIII - edição 377

A charge acima saiu no Opinião Socialista deste mês. Tive a possibilidade de ver o jornal anteontem. No princípio do mês, conversando com uma colega,  estávamos suspeitando de um vírus que, além de "estar tomando conta de pessoas pelo mundo", está também tomando um espaço razoável na mídia. Pensei, enquanto conversávamos: "essa gripe tá com uma cara de fabricada..." Gente, numa época de crise pesada, uma super gripe serve, de modo excelente, para distrair os olhares e dar uma sensação de que "há algo pior que uma crise econômica(e social, cultural, ideológica). Antes disso, há um perigo maior porque pode acabar com a vida!! Pode matar!" Até parece... como se morrer fosse apenas a impossibilidade de um organismo continuar "funcionando". Como disse Oscar Wilde: "Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe". Há sim, e não podemos descartar, a possibilidade de terem inventado esse instrumento um tanto bizarro de medo (principalmente numa época com tanta gente neurótica e hipocondríaca). Um bom filme que fala de resistência e manipulação, e que recomendo: V de Vingança. Tem porcos.

Arte-educação nas UMEIs. Apontando alguns problemas.

          Sou desenhista por formação e amo a arte. Minha passagem pela Belas-Artes, apesar de rápida e estranha, foi fundamental para a afirmação de minha identidade. Na educação infantil pública de BH, pouquíssimas pessoas têm essa formação. A maioria veio da Pedagogia. E essa maioria tem um estranhamento intenso por arte. São até criativos, inventivos, bolam coisas muito bacanas com a meninada - muitas práticas, inclusive, esbarram nas práticas artísticas. E, ainda assim, ao falarem de "arte", demonstram pouco ou quase nenhum conhecimento da coisa. 
  É muito comum, ao ser abordada na escola, as pessoas proferirem a seguinte pergunta:"Que arte você está fazendo aí?" Qualquer coisa, até a mais banal, se está nas minhas mãos, vira alguma coisa artística. Percebo, com certa tristeza e preocupação, como essas pessoas podem ser ludibriadas facilmente. Isso justifica o deslumbramento exagerado que alguns educadores tiveram por trabalhos feitos sob minha coordenação nesses cinco anos de atividades - alguns deles eram simples pesquisas, e algumas ruins, tímidas. Mas porque eu sou "a professora de artes", "a que entende do assunto", imunizo qualquer suspeita dos que não têm as ferramentas do discernimento. E isso é muito sério. Sem conhecimento, perdemos a posssibilidade da dúvida.
Dessa forma, sou a favor de uma formação decente em arte desde a educação infantil. E a formação do educador, nas escolas de pedagogia, em arte, precisa melhorar. Sei que muita coisa mudou, reconheço o esforço e a bravura de pessoas como Ana Mae Barbosa, Lúcia G. Pimentel, Fayga Ostrower e os arte-educadores, artistas e pesquisadores que, no anonimato, desdobram-se por uma educação transformadora. Porém, ainda fico assombrada ao ver o pessoal da pedagogia tão desinformado quando o assunto é esse. Não posso deixar de fora também as pessoas dos serviços gerais. São nossos colegas e também desconhecem o assunto. Oferecer formações para eles é essencial. Infelizmente, muitas escolas discriminam as pessoas que são, na realidade, nossos colegas, companheiros. Fico feliz por hoje trabalhar numa UMEI onde o cuidado para que isso não aconteça é muito grande.    
Este blog é uma tentativa de informar, formar, trocar, construir, desconstruir. De qualquer forma, não tenho a intenção de sonegar conhecimento. Não compreendo porque há quem o faça. Na verdade, até entendo de certa maneira. Conhecimento liberta e sei que a liberdade não é desejada por quem está no controle. Até na possibilidade mínima de enganar há obtenção de poder. Por princípio, devo combater isso. Portanto, estou aberta ao diálogo, e sobretudo à dúvida. Não estou acima de qualquer suspeita.



sexta-feira, 1 de maio de 2009

Trabalhando com perspectiva - Projeto "Iniciação à arte"(crianças de 5 anos). Umei Paraúnas - início de 2oo9


desenho meu, da cena montada na sala para atividade.

"Perspectiva é um termo de significado amplo que possui as seguintes acepções, ainda que elas sejam bastante relacionadas umas com as outras.
Perspectiva (visão). É um aspecto da percepção visual do espaço e dos objetos nele contidos pelo olho humano. Depende de um determinado ponto de vista e das condições do observador. A perspectiva, neste caso, corresponde a como o ser humano apreende visualmente seu ambiente, sendo confundida com a ilusão de óptica. Por exemplo, as linhas paralelas de uma estrada, relativamente a um observador nela situado, parecerão afunilar-se e tenderão a se encontrar na linha do horizonte. Vem do latim spec, que significa visão.
Perspectiva (gráfica). É um campo de estudo da geometria e, em especial, da geometria descritiva. É usada como método para representar em planos bidimensionais (como o papel) situações tridimensionais, utilizando-se de conhecimentos matemáticos e físicos, decorrentes do fenômeno explicado no tópico anterior, para passar a ilusão ao olho humano. Divide-se em várias categorias e foi desenvolvida pelos artistas do Renascimento".




Dependendo de nosso lugar de observação, as coisas são vistas de tamanhos diferentes. Dessa forma, é difícil mensurar o tamanho real de objetos e pessoas. O que está mais afastado de nós, por exemplo, ainda que seja grande, parece pequeno. Do alto de uma serra, vemos a casa que está num vale distante bem pequenina. A aproximação vai aumentando o objeto.


Numa manhã, trabalhando na Paraúnas, levei as crianças para algumas observações. Saimos de sala e, mais afastados do parquinho, olhamos as pessoas que estavam lá. Pareciam pequenas, porque estavam distantes da gente. Mas, ao nos aproximarmos, tudo modificava.
Ao voltarmos para a sala, preparei dois objetos para serem observados. Após, as crianças teriam que desenhá-los. Pus duas cadeiras numa mesma linha, sem estarem próximas. A cadeira que estava mais perto do grupo era pequena e a mais distante, uma cadeira de professor, maior. Quis avaliar como as crianças viam e representavam essa cena. Intencionalmente, para provocar, coloquei a cadeira pequena mais perto deles - ela, com relação à outra, ficaria maior. Será que haveria confusão? Como a cadeirona podia ficar menor do que a pequena? Fiz essa pergunta às crianças - e elas me responderam, sem muita dificuldade, que isso acontecia por causa da distância.









Aulas de arte desenvolvem memória e auto-estima das crianças

Mais um artigo interessante e bom publicado no ótimo blog "ensinando artes visuais". Leiam:


http://ensinandoartesvisuais.blogspot.com/2008/10/aulas-de-arte-desenvolvem-memria-e-auto.html

Toy art - uma boa ideia pra educação infantil

Veja:

http://ensinandoartesvisuais.blogspot.com/2009/03/toy-art-em-sala-de-aula.html

brinquedos com arte e arte com brinquedos: Lia Menna Barreto




Sem Título, 1993.Bonecos de borracha e cadeiras.Dimensões Variáveis.Foto : Eduardo Ortega



Bonecas com plantas, 1998/2000 (detalhe).Bonecos de borracha, terra, plantas, água, cordãoDimensões variadas.

Sem título, 1995Aquecedor elétrico e madeira.39x49x50cm


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Fonte: www.artewebbrasil.com.br/.../textoscriticos.htm e http://ensinandoartesvisuais.blogspot.com/2007/09/brinquedos-com-arte-e-arte-com.html

1º de maio - dia do trabalhador

"Operários" - Tarsila do Amaral

"quando deixar de ser Pedrinho para ser Pedro, um trabalhador adulto, terá que estar preparado para ser tratado como assalariado, como votante, como usuário dos transportes públicos, etc.,antes de que como Pedro, fora das relações familiares e de amizade. Se se converte em garçom, será tratado como tal, embora seja um grande conhecedor da filosofia alemã ou guarde em casa um título de engenheiro; se ingressa no cárcere, será tratado como recluso embora possua uma alma sensível; se sobe no ônibus, terá que pagar o preço da passagem embora por isso já não possa comprar pão."
FERNANDEZ ENGUITA, Mariano. As relações sociais da educação, 1: a domesticação do trabalho.In A face oculta da escola: educação e trabalho no capitalismo.

Coisas que estamos fazendo na e para a Umei Ouro Minas- princípio de 2009



a velha teia na nova Umei




livro-objeto feito por mim com flores em araminhos com boa mobilidade para contação de estórias para as crianças.


entrada com o toque de várias pessoas



paletó.



olha que disposição bacana dos velotróis! Só não sei quem da equipe os arrumou dessa forma.


alguns dos saquinhos que serão usados para a realização do projeto "o corpo da criança e arte". Este projeto atenderá as crianças de 0 a 6 anos.






painel feito pela turma de 5 anos(turno tarde) e por mim e que está na entrada da Umei



móbile com pingentes e brincos para chuveiro do berçário